sábado, 24 de outubro de 2015

Mortes de traficantes fecham comércio em quatro regiões do Rio

Facção Comando Vermelho teve baixas em no Pavão-Pavãozinho e no Complexo do Salgueiro

GUILHERME SANTOS
Rio - O dia de sábado foi de baixas representativas para a facção criminosa Comando Vermelho (CV). No Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Paulo Ricardo da Silva, o Polho, foi baleado e morreu no hospital. Já no Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, Klenbison Eduardo Souza, vulgo Dudamel, 30, foi alvejado após confronto com PMs da UPP local. Ambas comunidades tiveram os comércios fechados por ordem do tráfico, assim como na Vila Cruzeiro e partes do Complexo do Alemão.
Homens do Batalhão de Choque (BPChq) realizaram uma operação no Complexo do Salgueiro. Em depoimento na 72ª DP (Mutuá), os quatro agentes da unidade especial contaram que na localidade conhecida como Pistão, um homem em uma moto da cor preta disparou contra a guarnição. Houve revide, mas o criminoso conseguiu escapar. No entanto, os PMs alegam que o suspeito deixou no local uma pistola, 40 trouxinhas de maconha, 198 trouxinhas de crack e um radiotransmissor. Juntos eles dispararam mais de 100 vezes contra o suspeito.
À tarde, após receber denúncias de que um homem baleado deu entrada no Pronto de Socorro de São Gonçalo, PMs do 7º BPM (Alcântara) foram até a unidade. Eles constataram que o cadáver era o traficante Paulo Ricardo da Silva, o Polho, apontado pela polícia como chefe do Complexo da Penha, após a prisão de Piná, em abril do ano passado. Na Vila Cruzeiro, por conta da morte de Polho, ônibus não circularam, e estabelecimentos comerciais também ficaram fechados. O comércio também fechou em algumas partes do Complexo do Alemão.
Segundo a PM, Polho chegou no hospital e forneceu um nome falso e foi conduzido por uma mulher, que não foi identificada. De acordo com informações da Delegacia de homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte de Polho.
Devido à morte de Dudamel, o comércio no Pavão-Pavãozinho fechou as portas por ordem dos traficantes. Nos complexos do Salgueiro e Caramujo (Niterói), as lojas não abriram devido à morte Polho, que circulava entre as comunidades e era apontado como braço direito de Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, foragido.

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